(Álbuns e filmagens estão no final do relato)
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RESUMO DA VIAGEM:
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RESUMO DA VIAGEM:
- Trajeto: de Brasília ao Deserto do Atacama, atravessando a Argentina e o Chile até o oceano Pacífico (Antofagasta)
- Período: de 10 a 29 de outubro de 2007 (primavera)
- Total de dias: 20 dias
- Quilometragem rodada: 8506 km - 3800 km na Argentina, 1130 km no Chile e 3576 km em território brasileiro.
- Motos Utilizadas: 2 Yamahas XT660, ano 2006
- Participantes: Paulo Amaral, Flávio Faria e sua esposa Rosane (na garupa a partir de Foz do Iguaçu)
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Planilha de abastecimento, preços de combutível e médias:
https://docs.google.com/file/d/0BwjIZUgIJs_ENmhDaEFyRnlSTkk/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/file/d/0BwjIZUgIJs_ENmhDaEFyRnlSTkk/edit?usp=sharing
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Planilha de pernoites e distâncias:
(linha em vermelho: trajeto de ida e de volta)
RELATADO POR FLÁVIO FARIA
DIA 10 de outubro de 2007 - quarta-feira -
DE BRASILIA A RIBEIRAO PRETO (732 km rodados) - Eu, Flávio Faria, e meu amigo Paulo Amaral, pilotando duas motos Yamaha XT 660, com tanque de termoplástico adaptado de 22,5 litros, saímos de Brasília por volta das 9 h da manhã. Minha esposa Rosane vai de avião até Foz do Iguaçu (PR) no dia 12/10 (sexta-feira, feriado do Dia das Crianças) e lá assumirá a garupa da minha moto. Nossa intenção é adentrar o território argentino no dia seguinte (13/10).
DE BRASILIA A RIBEIRAO PRETO (732 km rodados) - Eu, Flávio Faria, e meu amigo Paulo Amaral, pilotando duas motos Yamaha XT 660, com tanque de termoplástico adaptado de 22,5 litros, saímos de Brasília por volta das 9 h da manhã. Minha esposa Rosane vai de avião até Foz do Iguaçu (PR) no dia 12/10 (sexta-feira, feriado do Dia das Crianças) e lá assumirá a garupa da minha moto. Nossa intenção é adentrar o território argentino no dia seguinte (13/10).
Eu e Paulo marcamos para nos encontrar no posto da polícia rodoviária, na saída de Brasília, às 9 h. Cheguei primeiro ao local e fiquei esperando o amigo. Um policial rodoviário, ao ver minha moto repleta de bagagens, veio conversar. Era o inspetor Roberto (Betão), presidente do motoclube Cobras do Asfalto, que já havia feito o mesmo percurso pretendido por nós há alguns anos. Quando disse que levaria minha esposa na garupa, ele admirou nossa coragem e alertou que não ia ser mole encarar os Andes com a moto pesada. Era raro ver alguém viajando com garupa por aquelas bandas. Valeu a orientação, mas convém lembrar que na época em que o Roberto viajou a rodovia ainda não era integralmente pavimentada. Depois do asfaltamento as coisas ficaram mais fáceis. No mais, nem pensar em encarar uma aventura como essa sem compartilhar o cenário com minha companheira.
Paulo chegou cerca de 5 minutos depois de mim. Tiramos uma foto para recordações futuras, despedimos do Roberto e iniciamos a viagem. Quando chegávamos nas proximidades de Valparaíso de Goiás, passa por nós um motociclista numa Honda Falcon azul-quase-roxa fazendo sinais para que parássemos. Era o Paulinho Vasconcelos que veio nos desejar boa viagem. Ele havia confundido o local de partida e ficou nos esperando no posto fiscal, enquanto que nossa combinação era no posto policial. Paramos, tiramos outras fotos e, finalmente, iniciamos a viagem. Acho que já passava das 10 h quando partimos para valer. Meio tarde para quem pensava rodar 1000 km naquele dia.
Não vou me ater muito à parte nacional da viagem porque temos muita coisa legal pela frente. Convém lembrar que dormimos em Ribeirão Preto, com 732 km rodados. Qualquer um sabe que numa viagem como esta é muito importante manter o corpo hidratado. É uma questão de saúde! Cientes disso, logo que pisamos em Ribeirão fomos conhecer o tal de Pinguim, uma choperia que ganhou fama nacional por ter sido uma das primeiras a servir chope a zero grau. Preocupados com a tal hidratação, eu e Paulo Amaral derrubamos logo uma dúzia de tulipas naquela noite. Depois disso, encaramos um hotelzinho vagabundo (Saint Remy, uma espelunca de primeira linha), onde deparamos até com barata nos lençóis. Depois de tanto chope, nem barata nos incomodou. (Fotos com o inspetor Roberto e Paulinho Vasconcelos na saída de Brasília)
(BASTA CLICAR NA FOTO PARA AMPLIAR)
Dia 11 de outubro de 2007, quinta-feira
DE RIBEIRÃO A FOZ DO IGUAÇU (1048 km rodados no dia) - Acordamos cedo e pegamos a estrada às 5h20min da matina. Cumprimos 1048 km até Foz do Iguaçu na base do "será que a gente chega??". Minha moto deu pane na caixa de fusível por conta de um curto-circuito no plug de entrada no meu GPS (um acendedor de cigarro automotivo adaptado). Apagou por completo! Nem painel, nem farol, nem motor de partida. Tudo paradão! Perdemos 3 h para consertar. Inicialmente, fui atendido em Palmital por um garoto eletricista de 15 anos que não entendia nada de moto, mas deu um jeito de ela rodar até as imediações de Maringá, onde tivemos atendimento de primeira na oficina do Júnior. Pau na máquina depois disso! Trafegamos quase o tempo todo por rodovias terceirizadas. No Paraná, moto paga pedágio (foram 9) e, mesmo assim, pegamos engarrafamento de caminhões por todo o estado. Foi duro manter uma média decente, mas conseguimos chegar ao hotel Panorama, em Foz do Iguaçu, por volta das 20:30 h, depois de 15h10min de pilotagem. Chegamos exaustos e dormimos como defunto em velório. (Fotos na estrada)
Dia 12 de outubro de 2007 - sexta-feiraPARADOS EM FOZ DO IGUAÇU - Não havia comentado ainda, mas nossa viagem era para ser compartilhada com duas pessoas de Ribeirão Preto (SP), que só conhecíamos pela internet até então. Vou pular essa parte, porque só convivemos com eles por dois dias e não houve nenhuma relação de parceria nesse curto período. Vou falar apenas de nós três: eu, Rosane e Paulo Amaral. Pela manhã, eu e Paulo demos um pulinho a Ciudad del Leste, no Paraguai, para comprar umas muambas. Rosane, minha esposa, chegou por volta das 14h e tudo virou festa. Encaramos, à tarde, uma cerveja gelada na beira da piscina do hotel e fomos dormir cedo. (Fotos no hotel em Foz do Iguacu )
Dia 13 de outubro de 2007, sabadoDe FOZ DO IGUAÇU A POSADAS - 2151 km rodados até aqui, dos quais 311 km em território argentino.
Saimos cedo e fomos tirar o seguro Carta Verde no Posto Gasparin, a 20 km da entrada de Foz. Feito isso, seguimos para a fronteira e perdemos o resto da manhã na fila da declaração de bagagem e da aduana. Como era final de semana grudado com feriado, imaginem o tamanho da fila. Quase meio-dia quando adentramos o território argentino (o hodômetro marcava 1840 km rodados em território brasileiro). Uma revoada de borboletas amarelas nos esperava logo no início da Ruta 12, lembrando-nos que por aqui a primavera funciona mesmo. Não é como no Planalto Central, onde só existe chuva e seca! Abastecemos em Puerto Libertad com gasolina de 97 octanas a 2,49 pesos, ou R$ 1,72 por litro, e seguimos para San Ignacio para conhecer as ruínas das missões jesuitas. Pagamos 9 pesos cada para entrar no sítio histórico. As ruínas são enormes e belíssimas. Muralhas de pedra de até 20 m de altura, circundadas por árvores, nos dão a idéia de uma cidadela isolada no meio da vegetação, utilizada basicamente para a catequização dos povos guaranis. Valeria a pena criar um álbum de fotografias só para este local, por conta da variedade de cenários das missões, edificadas em 1611. Dali seguimos para Posadas, que fica a 40 km de S. Ignácio e a 310 km de Foz. Não havia vagas na grande maioria dos hotéis da cidade. Estavam sendo realizados, simultaneamente, um campeonato de judô e um congresso de medicina neste final de semana e a cidade estava lotada. Iniciamos uma varredura exaustiva de quase 4 horas tentando achar um local para passar a noite. Conseguimos um motel de estrada de quinta categoria. Fomos nos deitar por volta das 22 h. Dormimos mal por causa do barulho do entra-e-sai de carros e dos gemidos animados de um casal no quarto ao lado. (Fotos nas Missões Jesuítas de San Ignácio)
Saimos cedo e fomos tirar o seguro Carta Verde no Posto Gasparin, a 20 km da entrada de Foz. Feito isso, seguimos para a fronteira e perdemos o resto da manhã na fila da declaração de bagagem e da aduana. Como era final de semana grudado com feriado, imaginem o tamanho da fila. Quase meio-dia quando adentramos o território argentino (o hodômetro marcava 1840 km rodados em território brasileiro). Uma revoada de borboletas amarelas nos esperava logo no início da Ruta 12, lembrando-nos que por aqui a primavera funciona mesmo. Não é como no Planalto Central, onde só existe chuva e seca! Abastecemos em Puerto Libertad com gasolina de 97 octanas a 2,49 pesos, ou R$ 1,72 por litro, e seguimos para San Ignacio para conhecer as ruínas das missões jesuitas. Pagamos 9 pesos cada para entrar no sítio histórico. As ruínas são enormes e belíssimas. Muralhas de pedra de até 20 m de altura, circundadas por árvores, nos dão a idéia de uma cidadela isolada no meio da vegetação, utilizada basicamente para a catequização dos povos guaranis. Valeria a pena criar um álbum de fotografias só para este local, por conta da variedade de cenários das missões, edificadas em 1611. Dali seguimos para Posadas, que fica a 40 km de S. Ignácio e a 310 km de Foz. Não havia vagas na grande maioria dos hotéis da cidade. Estavam sendo realizados, simultaneamente, um campeonato de judô e um congresso de medicina neste final de semana e a cidade estava lotada. Iniciamos uma varredura exaustiva de quase 4 horas tentando achar um local para passar a noite. Conseguimos um motel de estrada de quinta categoria. Fomos nos deitar por volta das 22 h. Dormimos mal por causa do barulho do entra-e-sai de carros e dos gemidos animados de um casal no quarto ao lado. (Fotos nas Missões Jesuítas de San Ignácio)